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Passagem de Vênus diante do Sol
Arkan Simaan 12/05/04

7°) Passagem de 1882

Os franceses enviaram dez equipes para as Américas (Florida, Haiti, México, Martinica, Argentina, Chile, Cabo Horn, etc.), enquanto os ingleses se dispersaram em vários continentes (Canadá, bermudas, Jamaica, Barbados, África do Sul, Ilha Mauricio, Madagascar, Nova Zelândia, Austrália, Tasmânia, etc.).



Os americanos que observaram principalmente no território deles, se deslocaram também para Cuba, México, Nova Zelândia, Patagônia e África do Sul, para onde foi Simon Newcomb. Ele acampou em uma escola para moças de Wellington: Abbie Park Ferguson, professora do colégio, fundou então o primeiro observatório criado por mulheres e para mulheres, fazendo assim uma profunda incursão num campo quase exclusivamente masculino.

Outros países como a Holanda e a Alemanha participaram igualmente ao evento, e, na América latina, a Argentina e o Brasil se incorporaram à campanha, dando assim vigor à vida astronômica local. Se os argentinos não se afastaram de Buenos Aires, os brasileiros foram para longe. Encarregado de centralizar os cálculos em 1891, William Harkness revelou que a paralaxe solar valia 8,794 segundos de arco.


Contribuição brasileira

Em 1882, Dom Pedro II perdeu o dia no Observatório Imperial do Rio: o céu coberto impediu a observação da passagem de Vênus.

Felizmente, o Observatório Imperial tinha mandado Julião de Oliveira Lacaille para Olinda e Antonio Luiz Von Honholtz, Barão de Tefé para a ilha de São Tomás (Antilhas): apesar das condições atmosféricas medíocres, eles registraram uma parte do trânsito. Mas foi Luiz Cruls quem visualizou a totalidade da passagem em Punta Arenas (Patagônia): de origem belga, ele demarcou dez anos depois, em 1892, a localização do futuro distrito federal.



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